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Obviamente algumas linhas são muito mais caras como o cheque especial que custa 160% ao ano e o financiamento de loja com exatos 50%.
Mesmo sem aumento do juro básico da economia a Selic houve encarecimento do crédito porque subiu a taxa de captação que é quanto as instituições pagam para captar dinheiro no mercado e emprestar aos clientes. Em outubro na média bancos tiveram de desembolsar taxa de 96% ao ano em operações como a emissão de Certificados de Depósito Bancários (CDBs) uma das mais tradicionais formas de captação. Em setembro a taxa era de 93% e em agosto no menor nível recente de 91%.
O maior custo de captação acompanhou o comportamento do mercado de juros futuros que subiu com força em setembro e outubro pela expectativa de que a Selic deve começar a subir em meados de 2010 para evitar a alta da inflação. A taxa de captação é atrelada ao juro futuro que é um mercado bastante volátil minimiza o chefe adjunto do Departamento Econômico do BC Tulio Maciel.
Para ele a alta desse custo para os bancos foi um ponto fora da curva. A alta não sugere alteração na tendência dos juros. As taxas devem retomar a trajetória de queda principalmente pela perspectiva de redução da inadimplência diz Maciel.
O comportamento preliminar das taxas em novembro que voltaram a cair sustenta a argumentação do BC. Além da redução de 060 ponto na taxa média do mercado até o dia 13 no crédito para pessoas físicas a taxa caiu quase 1 ponto porcentual para 434% ao ano.
A inadimplência também dá sinais de reversão. Em outubro a taxa média de atrasos superiores a 90 dias se manteve em 58% mesmo nível de setembro. Nas operações para pessoas físicas o calote diminuiu pelo quarto mês seguido para 81%. Nos financiamentos para empresas pela primeira vez desde novembro de 2008 não houve piora do indicador que permaneceu no mesmo nível de setembro: 4%.
Fonte: O Estado de São Paulo / CONTEC
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