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Na média os juros cobrados para capital de giro subiram só 05 ponto percentual de janeiro para cá a 298% ao ano em comparação ao 125 ponto percentual da Selic. O Bradesco que até o fim de 2010 oferecia linhas de 12 a 24 meses criou outras duas com prazos de 36 meses e 48 meses e juros de 27% ao mês em comparação aos 35% anteriores. O HSBC estendeu em abril a linha que oscilava entre 7 e 12 meses para 18 e 24 meses premiando as empresas boas pagadoras com uma ou duas prestações gratuitas ao final do contrato. No Santander tal bonificação pode chegar a três parcelas em operações adimplentes com vencimento em 36 meses. O BB já tinha oferta de 24 meses e a demanda aumentou.
O micro pequeno e até médio empresário é muito carente de linhas longas. O ambiente de menor risco dá segurança para se aumentar os prazos diz Octavio de Lazzari Junior diretor do Bradesco.
As micro pequenas e médias empresas têm financiado suas operações do dia a dia com linhas de capital de giro de prazos maiores e em alguns casos a preços mais baixos apesar do atual ciclo de alta da Selic. Com as medidas de aperto ao crédito tomadas pelo governo no fim do ano passado com ações endereçadas à pessoa física houve um certo deslocamento da oferta dos bancos para a base da pirâmide do segmento empresarial que proporciona retornos tão bons quanto os portfólios de consumo e na qual há menor exigência de capital. A força da concorrência tem se traduzido em condições mais favoráveis para os empresários.
Nas estatísticas do Banco Central (BC) tal política se reflete na ampliação dos prazos médios nas carteiras de pessoa jurídica como um todo com 392 dias em abril em comparação aos 388 dias de março. Com a inadimplência sob controle os bancos têm sido encorajados a esticar o vencimento das operações.
Ao alongar os prazos além de reter clientes o banco pode capturar parte do ganho que não teve com a pessoa física após as medidas macroprudenciais que visaram as carteiras de consignado e veículos diz o diretor de crédito do Banco do Brasil (BB) Walter Malieni.Na média os juros cobrados pelo mercado no capital de giro subiram só 05 ponto percentual de janeiro para cá indo a 298% ao ano em comparação ao ajuste de 125 ponto percentual na Selic.
O Bradesco que até o fim do ano passado oferecia capital de giro de 12 a 24 meses criou duas novas linhas com prazos de 36 meses e 48 meses com juros de 270% ao mês em comparação aos 35% cobrados anteriormente. O HSBC estendeu em abril a linha que oscilava entre 7 e 12 meses para 18 e 24 meses premiando as empresas boas pagadoras com uma ou duas prestações gratuitas ao fim do contrato. No Santander tal bonificação pode chegar a três parcelas em operações adimplentes com vencimento em 36 meses. O BB já tinha oferta de 24 meses mas a demanda aumentou porque há mais propaganda na rede. Na Caixa os prazos foram mantidos entre 12 e 24 meses mas o custo de abril para cá até caiu de 189% para 170%.
Fonte: Valor Econômico
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