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Ele observou que se for tomada a decisão de constituir um banco próprio depende ainda de autorização do Banco Central e de a empresa ter recursos para isso. Bernardo enfatizou que em nenhum momento o Tesouro Nacional injetará recursos no negócio. A presidente (Dilma Rousseff) deu o de acordo dela. Se os Correios cumprirem as exigências pode ser autorizado disse.
Ao ter um banco próprio ou se associar a outras instituições abre possibilidade de os Correios atuarem na área de serviços financeiros em modalidades que hoje a empresa não consegue via banco postal. Um exemplo é o recebimento de tributos de prefeituras e o lançamento de cartões próprios.
A Medida Provisória nº 532 publicada hoje no Diário Oficial da União amplia a atuação dos Correios para outras áreas como logística integrada serviços financeiros e serviços postais eletrônicos. Segundo Bernardo o decreto com o novo estatuto dos Correios deve ser publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira (dia 2).
O ministro das Comunicações também disse que já há estudos em andamento com o objetivo de diversificar os negócios dos Correios. Um desses projetos diz respeito à possibilidade de os Correios tornarem-se um operador virtual de telefonia celular. Essa modalidade de operação foi regulamentada recentemente pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e permite que uma empresa com vasta rede de clientes ingresse no negócio da telefonia móvel alugando a rede das operadoras de telefonia celular tradicionais mas usando a marca própria que já é forte.
Na área de serviços digitais os Correios analisam também a possibilidade de atuar como certificador digital. Outras possibilidades em estudo são ampliar a atuação da estatal no comércio eletrônico e ingressar na área de mensageria (entrega de mensagens por meio da internet). Também está sendo analisada a implantação do correio híbrido (modalidade que permitirá aos Correios receber a correspondência em meio digital e convertê-la a um meio físico concluindo a entrega por meio da agência mais próxima do endereço de destino).
Encontrar uma solução para aprimorar e agilizar o transporte de correspondências pelos Correios é uma das prioridades da estatal segundo o ministro. é vital. Os Correios gastam R$ 300 milhões com transporte aéreo disse. Bernardo ponderou que os Correios têm dificuldade de contratar para prestar o serviço por causa da limitação da duração do contrato que é de um ano podendo ser prorrogado. Há três possibilidades em análise: ampliação do prazo dos contratos para cinco anos participação dos Correios em uma empresa aérea e constituição de uma subsidiária de logística. Segundo Bernardo essas questões serão tema de uma reunião entre o ministério e a estatal semana que vem.
Quanto à possível participação dos Correios no Trem de Alta Velocidade (TAV) o trem-bala o ministro reiterou que a empresa não entrará no leilão mas vai se associar posteriormente ao consórcio vencedor. Ele acredita no entanto que as empresas interessadas em disputar o TAV já devem estar negociando com os Correios pois o acerto dessa sociedade influencia no preço do lance.
Fonte: Agência Estado
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