O Banco do Brasil (BB) gasta com a folha de pagamento pelo menos R$ 3 bilhões a mais que os concorrentes diretos. No primeiro semestre de 2016 a instituição financeira desembolsou R$ 93 bilhões para cobrir a remuneração dos empregados. No mesmo período os salários dos funcionários somados aos encargos e benefícios custaram ao Bradesco R$ 65 bilhões e ao Itaú Unibanco R$ 58 bilhões. Essa diferença tem afetado a rentabilidade da estatal segundo técnicos que preferiram o anonimato.

Apesar dos custos elevados a instituição financeira afirmou que as mudanças em sua estrutura não preveem demissão de funcionários. Há rumores dentro do banco de que um programa de demissão voluntária (PDV) terá como objetivo reduzir o quadro de empregados em 18 mil pessoas. Segundo o BB isso não está contemplado por ora.
Uma das opções para reduzir os gastos com a folha de 1096 mil funcionários seria não preencher vagas daqueles que se aposentarem nos próximos anos. Também poderia haver incentivos à aposentadoria. Mas mesmo essas alternativas ainda estão em estudo. Essa medida no entanto tem que ser debatida também com a Previ o fundo de pensão dos empregados do BB. O aumento do número de inativos afetaria o fluxo de desembolsos da entidade fechada de previdência complementar.

Mudanças

A reestruturação pela qual passa o BB tem por objetivo aumentar a rentabilidade da instituição que gira hoje em torno de 7% metade do índice observado pelos concorrentes diretos. A primeira mudança feita pela gestão de Paulo Rogério Caffarelli foi nas diretorias. Das 27 existentes duas foram extintas: a de Crédito Imobiliário (Dimob) e a de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref) que ficará com a recém-criada diretoria de Governança de Entidades Ligadas.

Perderam os cargos 10 diretores e outros cinco mudaram de área. A Diretoria de Estratégia da Marca foi dividida em Estratégia e Organização e Marketing e Comunicação. Mesmo com a extinção da Dimob o banco garante que manterá os financiamentos de imóveis por meio do programa Minha Casa Minha Vida. O BB é hoje o segundo no mercado de crédito imobiliário com 863% do mercado perdendo apenas para a Caixa Econômica Federal isolada em primeiro lugar com fatia de 5172%. Mesmo com a diferença grande o BB tem uma carteira respeitável de R$ 53 bilhões em empréstimos.
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