O que é o COVID-19?
O coronavírus (Covid-19) é um vírus que causa doença respiratória com sintomas semelhantes a um resfriado (febre, tosse, dificuldade em respirar), podendo também causar pneumonia.
Há diversas investigações em todo o mundo sobre as formas de transmissão. No entanto, pela experiência adquirida com relatos de infectados já se sabe que a disseminação ocorre de pessoa para pessoa, por gotículas respiratórias ou contato direto.
A transmissão é mais intensa que o vírus da gripe, caracterizando risco de circulação mundial. Alguns experimentos já verificaram a presença do vírus em objetos de uso pessoal, mas ainda não se sabe por quanto tempo, o COVID-19 sobrevive fora do corpo humano.
Qual a situação atual de contaminação em todo o Brasil?
O Ministério da Saúde informou neste domingo (15/3) que há 200 casos confirmados do novo coronavírus no Brasil. Já há relatos de transmissão comunitária do vírus. Ou seja, pessoas infectadas no exterior já estão transmitindo o vírus para outras em território nacional. Quase a metade dos doentes já se infectaram aqui, no Brasil.
Isso significa que o vírus está circulando livremente na população. Até então, só havia registros de casos importados ou de transmissão local, em que é possível identificar a origem da infecção.
De acordo com uma análise da Organização Mundial da Saúde (OMS) baseada no estudo de 56 mil pacientes, 80% dos infectados desenvolvem sintomas leves (febre, tosse e, em alguns casos, pneumonia), 14% sintomas severos (dificuldade em respirar e falta de ar) e 6% doença grave (insuficiência pulmonar, choque séptico, falência de órgãos e risco de morte).
Prevenção
O médico infectologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Eduardo Hage, lembra que a melhor forma de prevenir a doença ainda é lavar bem as mãos com água e sabão. “Não existe a necessidade de sair na rua utilizando máscaras. O que precisamos reforçar são as medidas de prevenção. Então, lavar sempre as mãos é essencial”, afirma.
Segundo ele, o uso do álcool gel também é recomendado caso não haja possibilidade da higienização com água e sabão. “Além disso, é bom evitar o contato das mãos com as mucosas, olhos, nariz e boca. Se tossir, evitar colocar a mão na boca, usar um papel descartável ou posicionar mais o antebraço ou cotovelo, para que essas mãos não sejam uma fonte de contaminação”, recomenda.
Caso de suspeita de ter adquirido o vírus, a pessoa pode buscar o primeiro atendimento na Unidade Básica de Saúde mais próxima de casa ou em uma unidade privada, em casos de quem possui convênio médico.
Eduardo Hage destaca que apenas os casos mais graves são encaminhados para internação hospitalar. “Somente casos com fatores de risco para desenvolver a doença ou algum fator de gravidade para a evolução do coronavírus. Se a pessoa estiver na dúvida, deve procurar atendimento na atenção primária, para evitar idas desnecessárias aos hospitais”.
Uso de máscaras
O tipo mais procurado pelas pessoas está sendo a máscara cirúrgica simples, feita de um material chamado polipropileno. São as mais simples e baratas. No entanto, o recomendado pelos especialistas é que, se necessário, as máscaras utilizadas sejam do tipo de proteção respiratória individual, compostas por uma peça facial e um dispositivo de filtragem de ar que garantem uma vida útil mais longa à peça.
Assepsia das mãos e de objetos
A recomendação dos infectologistas ainda é lavar bem as mãos com água e sabão. No entanto, há uma orientação para reforçar o uso do álcool em gel, em caso da impossibilidade de lavagem; e ainda a assepsia de objetos e dos espaços comuns com álcool 70% de concentração e/ou solução de hipoclorito de sódio (água sanitária).
O álcool 70% deve ser usado sem mistura. Já a água sanitária, a orientação é diluir uma parte do composto químico em cinco partes de água.
Como a China controlou a epidemia
O país que registrou maior casos de infecção e o maior número de morte pelo coronavírus já anunciou o controle da transmissão. No entanto, para chegar a esse cenário, diversas medidas foram tomadas:
⁃ Isolamento imediato da cidade de Wuhan, epicentro da doença;
⁃ Suspensão dos serviços de transportes pessoais dentro de condomínios e universidades;
⁃ Proibição de aglomerações e trânsito em ruas;
⁃ Suspensão e/ou redução dos serviços de entrega;
⁃ Regras rigorosas para cumprimento da quarentena;
⁃ Controle rigorosos de voos internacionais, terminais rodoferroviários e rodovias de entrada do país;
⁃ Checagem de temperatura em todos os estabelecimentos públicos;
⁃ Suspensão imediata das atividades acadêmicas (aulas);
⁃ Desenvolvimento de novos sistemas de controle dos casos pelas redes sociais;
⁃ Uso de máscaras e produtos para limpezas dos espaços de maior circulação;
⁃ Desinfecção de cédulas de dinheiro em bancos;
⁃ Desinfecção de ônibus, aeronaves e trens.
Diretoria Executiva da CONTEC