Na tarde desta quarta-feira, 18, foi dia de reunião virtual para debater questões referentes à Caixa Econômica Federal. Dirigentes sindicais dos Estados do Tocantins e Goiás apontaram as reivindicações dos funcionários da Caixa em suas respectivas bases.
O déficit de bancários foi à principal reclamação. A CAIXA tem diminuído o quadro de funcionários desde 2014, quando a instituição financeira tinha 101,5 mil trabalhadores, atualmente conta com 84,2 mil empregados. E durante a pandemia abriu dezenas de novas agências. Mesmo com sobre carga e enorme déficit de pessoal, o banco foi responsável pelo atendimento de 120 milhões de brasileiros neste período de pandemia.
“O pedido de mais emprego é uma reivindicação antiga. Por meio judicial no ano de 2015, nossa categoria conseguiu forçar o banco a se comprometer contratar 2 mil funcionários, mas chegamos em 2021 com um déficit de trabalhadores gigantesco e justamente em um período tão crítico em que a CAIXA tem um papel social importantíssimo. A falta de funcionários tem, a cada dia, sobrecarregado os trabalhadores em suas funções, além disso tem provocado metas abusivas e assédio moral provocando adoecimento dos funcionários.” Afirma o presidente da FEEB-GO/TO, Sergio Luiz da Costa.
Ele salienta que a falta de trabalhadores prejudica na qualidade da assistência à população, “foi à dedicação dos bancários da CAIXA que impediu um possível caos. Graças a estes trabalhadores que mesmo com todas as dificuldades, milhares de brasileiros tiveram acesso ao auxílio emergencial aguardado por muitos para sobreviver nesta crise sanitária e econômica”.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Tocantins, Ruy Ramos, pediu uma atenção especial referente aos casos de assédio moral e metas abusivas. Ele destacou que é fundamental que as metas não seja aplicadas de forma geral, “sendo determinada de cima para baixo”, mas que haja uma analise do cenário onde a agência se localiza.
“ Que seja aberto um diálogo das bases com os bancos para ver o perfil sócio econômico da região, perfil dos clientes, adequação e aceitação do produto no local, se tem saturação de mercado, se o número de empregados é suficiente para realização das metas e que as cobranças de metas não sejam individualizadas, porquê o assedio moral é consequência das metas abusivas que acabam gerando problemas de saúde”. Pontuou.
Na reunião também foi apresentado o pedido de um “abono Serviço Essencial” como forma de recompensar todos os bancários da Caixa pelo esforço e dedicação durante a pandemia, colocando a sua vida e de seus familiares em risco, para que o Brasil não parasse, o que resultou em lucros nunca vistos antes para a Caixa Econômica.
Além das metas abusivas, assédio moral e saúde, também foram destacados nas reivindicações o Saúde Caixa, teletrabalho, melhores condições de trabalho, FUNCEF, Vale cultura, PSI transparente para acesso a função, Licenças, Segurança bancária, Contratação de mais funcionários, Gratificação serviço essencial, Educação, Auxílio funeral dentre outros.
A minuta com as reivindicações será entregue primeiramente a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (CONTEC) unificada a nível nacional e posteriormente será entregue ao banco.