A reunião presencial de negociação entre a CEBNN/CONTEC e representantes da FENABAN, terminou sem acordo para a PLR, cláusula debatida nesta quinta-feira (25).
A Comissão Contec cobrou da FENABAN, que apresentasse uma proposta que abarcasse o reajuste de todas as cláusulas econômicas. Desta forma a negociação seria feita de maneira mais ampla, isto não aconteceu.
Os bancos preferiram oferecer reajuste de 8,88% para a PLR, valor utilizado como referência para calcular a inflação. Ou seja, sem aumento real para os trabalhadores.
Com esta proposta, o valor reajustado anual chegaria a R$2.131,00 por pessoa. A Comissão Contec insiste em garantir a inflação + ganho real para as cláusulas econômicas.
“Queremos fechar uma Convenção Coletiva de Trabalho com aumento real de salários e mais as conquistas sociais, de saúde e demais temas para todos os bancários.”, concluiu o presidente da CEBNN/CONTEC, Lourenço Prado sobre as negociações até o momento realizadas.
Durante a reunião, os negociadores debateram questões ligadas a assédio sexual. É um tema muito relevante e atual, tendo em vista os últimos acontecimentos ligados a este tipo de violência contra mulheres dentro de instituições bancárias.
A FENABAN sugeriu a inclusão de novas cláusulas na Convenção Coletiva de Trabalho de 2022, com acréscimo das seguintes cláusulas:
– Violência contra a mulher (prevenção);
– Complementação de previdenciário e auxílio doença acidentário (mudança de redação de cláusula pré-existente);
– Gratificação de Função e confiança bancária (mudança de redação de cláusula pré-existente);
– Digitadores – intervalo para descanso (manutenção do critério anteriormente adotado sem utilizar a NR17, que seria prejudicial);
-Nexo técnico epidemiológico;
-Estabilidades provisórias de emprego (mudança de redação de cláusula pré-existente)
-Avaliações médicas em pensões judiciais.
A CEBNN/CONTEC vai avaliar e responder sobre a inclusão ou não destas cláusulas na próxima reunião, agendada para esta sexta-feira (26).