‘Segundo a análise do Caged o número equivale à quase totalidade dos postos fechados em todo o ano passado (9.886)
O setor bancário continua na contramão de desempenhar sua responsabilidade social. Apesar dos altos lucros a onda de cortes continua desenfreada. De janeiro a setembro de 2016 de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) os bancos brasileiros fecharam 9.258 postos de trabalho no país. Isso representa um aumento de 522% em relação ao número de postos fechados no mesmo período em 2015 quando foram extintos 6.084 postos. E equivale à quase totalidade dos postos fechados em todo o ano passado (9.886).
Ainda segundo a pesquisa São Paulo foi o estado onde ocorreram mais cortes com 4.383 postos a menos (quase 473% do total de postos fechados) seguido pelo Rio de Janeiro que fechou 1.463 postos (158%) o Paraná com 678 postos extintos (73%) e Minas Gerais com menos de 620 postos (67% do total). Somente quatro estados registraram saldo positivo no emprego bancário com destaque para o Pará com 105 postos abertos.
A análise por setor de atividade econômica mostra que os “Bancos múltiplos com carteira comercial” CNAE que engloba grandes instituições como Itaú Unibanco Bradesco Santander HSBC e Banco do Brasil foram os principais responsáveis pelo saldo negativo.
A análise por Setor de Atividade Econômica (Tabela 1) revela que os Bancos Múltiplos com Carteira Comercial categoria que engloba grandes instituições como Banco do Brasil Itaú Unibanco Bradesco e Santander fecharam 7.302 postos de trabalho (789% do total de postos fechados). A Caixa Econômica Federal foi responsável pelo corte de 1.992 postos de trabalho (215%).
Motivos dos Desligamentos
A maioria dos desligados foram trabalhadores mais velhos e com mais tempo no emprego. Do total das demissões ocorridas nos bancos 61% foram sem justa causa perfazendo 15.480 desligamentos. Os desligamentos a pedido do trabalhador representaram 29% do total e totalizaram 7.224.
Desigualdade entre homens e mulheres
As desigualdades continuam visíveis no setor bancário. As 7.983 mulheres admitidas nos bancos nos primeiros nove meses de 2016 receberam em média R$ 3.08855. Esse valor correspondeu a 713% da remuneração média auferida pelos 7.953 homens contratados no mesmo período que foi de R$ 4.33067.
No momento do desligamento observou-se praticamente a mesma diferença na remuneração entre homens e mulheres. As mulheres que tiveram o vínculo de emprego rompido nos bancos no período recebiam R$ 5.30858 o que representou 712% da remuneração média dos homens desligados dos bancos que foi de R$ 7.45450.
Faixa Etária’