Na passagem de maio para junho o aumento foi de 0,6%
O percentual de famílias endividadas aumentou pelo sexto mês consecutivo no país. Em junho de 2019, o endividamento subiu 0,6 ponto percentual em relação a maio. A taxa faz parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi o maior registro de endividamento mensal desde julho de 2013.
Intenção de consumo das famílias cai 3,5% em junho ante maio, diz CNC
Em relação a junho de 2018, o aumento foi de 5,4 pontos percentuais. Apesar do crescimento do endividamento das famílias, que chegou a 64,0%, a Peic identificou uma queda no número de famílias com dívidas ou contas em atraso, tanto na comparação mensal quanto na anual.
O índice das famílias que declararam à pesquisa não ter condições de pagar as suas dívidas ficou em 9,5%, praticamente estável em relação ao mesmo mês de 2018, 9,4%.
Segundo a pesquisa, 32,1% das famílias entrevistadas ficam endividadas por mais de um ano. Enquanto 24,7% acumulam dívidas por até três meses. Em junho de 2019, 21,1% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida para pagamento de dívidas.
40% dos jovens estão endividados
Quase quarenta por cento dos jovens com idade entre 18 e 24 anos têm ou já tiveram o nome sujo. Esse é o resultado da pesquisa realizada pela Câmara Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Foram entrevistados 801 jovens, de ambos os sexos, entre os dias 20 de fevereiro e 06 de março deste ano.
De acordo com a CNDL, esse resultado coincide com o endividamento das famílias brasileiras. Isso porque também chega a 40% o percentual da população que terminou 2018 endividada.
- 37,4% dos jovens entrevistados tem ou já teve o nome sujo;
- A maioria deles, 64,9% contribui financeiramente com as despesas da família em casa;
- 52,8% guarda suas reservas em Poupança e 20,2% mantém dinheiro parado (sem rentabilidade) na conta corrente;
- 35,6% possui carteira assinada; 10% dos entrevistados são estagiários; e 23% fazem bicos ou exercem atividades remuneradas informais;
- 46,9% dos jovens não fazem nenhum controle de suas finanças; e quase 20% respondeu que tem preguiça de fazer!!
Esses dados mostram que, não havendo uma mudança nesse panorama, o percentual de endividados no futuro tende a aumentar.
É importante assegurar que os jovens e as crianças tenham acesso à educação financeira desde cedo. Assim, poderão aprender a evitar o endividamento e a se tornarem poupadores e investidores. Com isso, poderão conquistar sua independência financeira mais cedo. Ou seja, serão capazes de formar uma reserva financeira que lhes dê segurança para se manterem, cada vez mais cedo.
Fontes: Correio Braziliense, Revista Seleções