Sem esclarecimento algum a representação dos banqueiros simplesmente agendou nova rodada de negociações para o dia 21/08(terça-feira).
O único ponto acordado foi de que essa nova negociação só se encerrará quando houver uma proposta ou se chegar a um impasse. Qualquer que seja, o resultado será levado para apreciação dos bancários em assembleias, que são soberanas para expressar a vontade da categoria, e na ocasião serão definidos os próximos passos da Campanha Nacional Unificada 2018.
A FENABAN só veio a se posicionar ante a Pauta de Reivindicações dos bancários, na 7ª reunião de negociação ocorrida em 07/08, na qual apresentou as seguintes propostas:
- A proposta apresentada somente será válida se a negociação coletiva for concluída em mesa de negociação direta, até o dia 31/08/2018, com acordo entre as partes com relação ao todo, não sendo válida em parte;
- Manutenção de todas os benefícios conquistados pela categoria bancária e mantidos nas Convenções Coletivas desde a criação da CONTEC em 1958 quais sejam: Regulamentação do pagamento ou gozo de horas-extras, auxilio-creche, vale-alimentação/refeição, PLR, complementação salarial para bancários afastados por doença ou acidente, licença-maternidade de 180 dias, transferência do bancário agência em caso de sequestro e atendimento psicológico no pós-assalto, licença-maternidade de 20 dias;
- Reajuste dos salários e benefícios em 100% do índice de inflação medido pelo INPC(estimada em 3,79% de 1º de setembro de 2017 a 31 de agosto de 2018);
- Pagamento da PLR já em setembro;
- Pagamento dos reajustes de salários e benefícios já a partir do salário de setembro;
- Vigência da convenção coletiva para quatro anos.
Em reuniões e assembleias realizadas por todo o país os bancários rejeitaram a proposta considerando-a prejudicial em dois pontos, a falta de aumento real de salários, uma vez que a inflação medida pelo INPC não repõe as perdas advindas do descontrole inflacionário que vive o país, a vigência longa da Convenção Coletiva(quatro anos).
Há consenso no entendimento da categoria que o setor bancário soma os maiores lucros entre todos os setores da economia brasileira e pode atender às reivindicações.
Os bancários querem ainda uma maior Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), Plano de Saúde, fim das metas abusivas e mais segurança.
A atenção de todos quanto ao andamento das negociações, manutenção da mobilização e participação nas reuniões e assembleias sindicais, é que forçarão os banqueiros a melhorarem suas propostas.
SINTECTO.