Tomaram posse hoje (7.jan.2019) os novos presidentes do Banco do Brasil, Rubem Novaes, da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e do BNDES, Joaquim Levy.
Os novos presidentes, cumprindo pautas do programa de governo do presidente Jair Bolsonaro, terão como missão a privatização de empresas controladas pela CAIXA e Banco do Brasil e a venda da carteiras de ações do BNDES-PAR.
A CAIXA, Banco do Brasil e o BNDES são agentes públicos de política de crédito extremamente importantes no mercado bancário brasileiro onde os grandes bancos privados são apenas três.
QUEM SÃO OS NOVOS PRESIDENTES DOS BANCOS PÚBLICOS
Rubem Novaes é PhD em Economia pela Universidade de Chicago, foi professor da Fundação Getúlio Vargas, diretor do BNDES e presidente do Sebrae. É autor do livro “Investimentos Estrangeiros no Brasil: Uma Análise Econômica” e colaborador do Instituto Liberal-RJ.
Foi alvo, no final dos anos 90, de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Congresso Nacional e de investigações da Procuradoria da República no Rio de Janeiro por seu papel no escândalo que ficou conhecido como Marka-FonteCindam e que levou à prisão do banqueiro Salvatore Cacciola e à queda do então presidente do Banco Central, Francisco Lopes.
Em junho de 2000, Novaes foi denunciado pela Procuradoria do Rio, ao lado de Cacciola e outros personagens do escândalo.
Pedro Guimarães é PhD em Economia pela Universidade de Rochester, com especialização em privatizações. Tem mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, com passagem pelos bancos Bozano, BTG Pactual e é sócio Banco Brasil Plural.
O Banco Brasil Plural, não obstante operar em mercados altamente rentáveis como petróleo e gás, teve prejuízo de R$21,847 milhões no exercício 2017 e operava com prejuízo de R$19,650 milhões no primeiro semestre de 2018, devendo fechar o exercício ainda com prejuízo, além de não atingir o Índice de Basiléia.
Pedro é genro de Léo Pinheiro, presidente da empreiteira OAS, condenado na Operação Lava Jato.
Joaquim Levy Ex-ministro da economia no governo Dilma Roussef, citado pelo TCU como co-responsável pelas pedaladas fiscais de 2015, fez carreira no grupo Bradesco, deixou a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar a equipe de Bolsonaro. PhD em economia pela Universidade de Chicago, já foi diretor da Bradesco Asset Management e secretário do Tesouro Nacional.
Diante de tais históricos fica a pergunta: Aos interesses de quem servem executivos com esse perfil?
Fontes: Uol, Folha de São Paulo, G1, BBC Brasil, Blog da Cidadania, BancoData, Correio Braziliense, Valor Econômico