O lucro líquido do Santander cresceu 44,5% em 2017 no Brasil e somou R$ 7,99 bilhões. O valor foi impulsionado pelo aumento de receitas do banco no país. Os dados foram divulgados pelo banco nesta terça-feira (30) à noite.
Já o lucro gerencial, que exclui fatores extraordinários do ano fiscal, alcançou R$ 9,95 bilhões em 2017, uma alta de 35,6%. Esse resultado exclui, por exemplo, a proteção financeira feita pelo banco (hedge) contra a variação cambial. Apesar de não ser aceito como indicador de lucro pela regra contábil brasileira, esse indicador é usado por investidores para entender o resultado do banco sem fatores extraordinários.
Segundo o Santander, o resultado de 2017 foi o melhor da história para o banco. “Em 2017 alcançamos resultados historicamente destacados, refletindo uma dinâmica de forte aceleração comercial, velocidade das inovações e serviços”, disse o banco em comunicado.
As receitas do banco somaram R$ 52,9 bilhões em 2017, um avanço de 18,3% em relação a 2016. O crescimento se deve ao aumento das margens financeiras, dos spreads (diferença entre custo de captação de recursos e taxas cobradas nos empréstimos) e das comissões.
As margens financeiras somaram R$ 37 bilhões em 2017, alta de 18,5%
As comissões somaram R$ 15,6 bilhões, crescimento de 17,7%
Os spreads de crédito saltaram de 8,7% ao ano, em 2016, para 9,4%
Carteira de crédito
O Santander somou uma carteira de crédito de R$ 272,562 bilhões em 2017, um aumento de 6,1% em um ano. Segundo o banco, o resultado é impulsionado pela oferta de crédito a pessoas físicas e de estímulo ao consumo.
“Nossa estratégia vem nos permitindo crescer acima do mercado, o que representa uma sólida performance frente ao ambiente econômico desafiador”, disse o Santander.
O volume de crédito contratado por pessoas físicas avançou 18,3% em 2017, para R$ 108 bilhões. Já o financiamento ao consumo subiu 20,4%, para R$ 41,88 bilhões.
Para as empresas, há uma diferença de tendências na contratação de crédito no Santander de acordo com o porte da empresa. Para as grandes, a carteira de crédito encolheu 9,8% no ano passado. Já as pequenas ampliaram as contratações em 4,5% em 2017.
Inadimplência
A taxa de inadimplência acima de 90 dias encerrou o ano em 3,2%, uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao fim de 2016. O índice, no entanto, está 0,3 ponto percentual acima do registrado em setembro.
Segundo o banco, o avanço da inadimplência no trimestre se deve a “um caso pontual no segmento de empresas”. Já a inadimplência no crédito concedido a pessoas físicas atingiu 3,7%, “o menor nível histórico com melhora de 0,4 p.p. em doze meses e mantendo a estabilidade em três meses”.
Receitas de prestação de serviços e tarifas
O banco recebeu R$ 15,611 bilhões em receitas com serviços e tarifas em 2017, uma alta de 17,7% e o maior patamar anual. Os serviços de conta corrente são as receitas que mais crescem, mas o cartão de crédito ainda é onde o Santander mais ganha dinheiro.
Fonte: G1
Diretoria Executiva da CONTEC