O que até as antigas papeletas dos operadores do mercado financeiro já sabiam se confirmou. O performático executivo Sergio Rial, presidente do banco Santander no Brasil, admitiu em entrevista ao Estadão, neste domingo 5, que sua obsessão é mesmo assumir pessoalmente o controle mundial do banco espanhol. “Com 30% do resultado do grupo, já estou no comando global. Faço parte do comitê executivo global do banco”, aponta ele próprio.
Para crescer mais na estrutura da instituição que desde a fundação é comandada pela família Botín, Rial está executando planos que apontam para o fim do trabalho para milhares de bancários no Brasil. “Desconstruímos as funções organizacionais”, conta ele, que não quer mais que as agências bancárias sejam chamadas por este nome. “Chamamos as estruturas de lojas – e não mais de agências – porque lá, apesar de não ser possível visualizar produtos, eles estão em prateleiras digitais”, adianta. “O consumidor tem de começar a desconstruir essa necessidade da estrutura física, que deixou de existir”.
– É o fim dos caixas humanos?, perguntou o Estadão, obtendo a confirmação:
“É uma transformação muito clara do desenho do banco. O organograma tradicional deixa de existir. O caixa continua existindo, mas não é mais uma pessoa”, afirmou Rial, assegurando a permanência da função, mas não do emprego.
Fonte: Estadão