A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco-Contec esteve reunida quarta-feira (13), de forma virtual, com representantes do Banco. A reunião foi conduzida pelo coordenador da COE Bradesco/Contec, Gladir Basso, pelo secretário da COE, Breno Ferreira e por Sérgio Luiz da Costa. O Banco Bradesco foi representado por Silvia Eduara Cavalheiro e Simone Tavares Alves, ambas da área de Relações Institucionais e Relações Sindicais do Banco.

Gladir Basso abriu a reunião cumprimentando a todos os dirigentes sindicais presentes e agradeceu o agendamento e aos representantes do Banco por atenderem ao pedido feito pela COE Bradesco/Contec. Em seguida, transmitiu a todos os cumprimentos do presidente da Contec, Lourenço Ferreira do Prado, que teve sua ausência justificada pelo fato dele estar retornando do XLIX Encontro de Dirigentes Bancários de Minas Gerais para Brasília no momento da reunião.

PLANO DE SAÚDE

Em seguida passou a palavra a Breno, secretário, e a Sérgio Costa, presidente Feeb/GO/TO que ressaltou receber várias demandas a nível nacional, principalmente em relação ao plano de saúde, que não tem uma cobertura satisfatória nas unidades do interior. Passada a palavra à representante do Banco, Eduara cumprimentou a todos e se colocou à disposição para ouvir as demandas.

A reunião iniciou com o tema das dificuldades para os novos credenciamentos de profissionais no plano de saúde. O plano tem solicitado muitas certidões e alguns profissionais deixam de fazer o credenciamento por causa da burocracia.
Outra reivindicação é sobre o valor dos reembolsos de consultas, que são baixos quando comparados aos valores das consultas de profissionais especialistas, que variam de R$ 500 a R$ mil por consulta. Outra reinvindicação apresentada é a formulação de um novo plano de saúde para os aposentados, que ao sair do Banco, ficam sem plano.

Eduara mencionou que o Bradesco Saúde tem a maior rede referenciada do País, mas que existem problemas pontuais e é necessário um trabalho contínuo para esse diagnóstico. Falou sobre a importância em entender o porquê do processo de credenciamento de profissionais, clínicas, hospitais ser burocrático ao exigir muitos controles. Havendo interesse do profissional em ser credenciado, a documentação precisa ser avaliada junto aos órgãos públicos e ANS. A necessidade de cada região precisa ser avaliada também. E por fim tem a negociação de valores de mercado.

Com relação ao reembolso de consultas, a representante do Banco disse que o modelo de seguro saúde adotado prioriza a utilização da rede referenciada, que não é um modelo que incentiva pedidos de reembolso. O propósito do negócio é ter uma grande oferta de profissionais e que o beneficiário use a rede, embora ele tenha a possibilidade de reembolso. Afirmou que o valor de reembolso adotado hoje é compatível com o mercado. Sobre um plano para aposentados, a representante do Banco alega que o Bradesco oferece um plano diferenciado para os funcionários e dependentes dos funcionários, que é integralmente custeado e não há intenção do Banco em mudar o modelo vigente.

PLANO DE DESEMPENHO
Sobre o Plano de Desempenho Extraordinário (PDE) – forma de remuneração linear -, Breno informou que as reclamações dos funcionários não contemplados continuam, principalmente dos assistentes de gerentes e supervisores administrativos, que ajudam a cobrir afastamentos, férias, substituições e não são contemplados no PDE.

A representante do Banco esclareceu que o objetivo do plano de remuneração variável é premiar o desempenho individual, diferentemente da PLR. O plano premia individualmente olhando para o resultado de algumas linhas. Quanto aos elegíveis, respondeu que quando se fala dos gerentes de conta, gerente comercial, gerente de PAB, PA, dentre outros, eles são avaliados 80% pelo faturamento líquido da carteira e mais 20% pelo resultado operacional. O gerente da agência não tem carteira, mas ele é responsável pelos funcionários que têm carteira. Essas carteiras refletem no resultado operacional da agência, que vai refletir no PDE desse gerente. No caso do gerente administrativo, ele é responsável pelas despesas que influenciam diretamente o resultado operacional, este é o desenho do programa. Assim, o Banco consegue medir o desempenho individual deles, a contribuição específica de cada funcionário. Quanto aos não elegíveis, como por exemplo o escriturário, o caixa, os resultados do trabalho deles têm o conceito coletivo de PLR. Não é possível que o PDE seja linear devido ao conceito do plano. O PDE tem um objetivo muito específico e não faz sentido transformar ele numa PLR ou em outros planos similares.

Os sindicatos solicitaram uma reavaliação do plano, ou a criação de um novo modelo de plano para atender os gerentes assistentes e outros cargos, que auxiliam os contemplados no PDE a atingir suas metas.

DEMISSÕES
Sobre o item demissões, Breno informou que muitos funcionários têm entrado em contato com os sindicatos informando que querem ser demitidos, o que tem causado preocupação ao movimento sindical. Pediu também para debater a respeito dos Funcionários de PA´s que fecham e que os funcionários não podem retornar para a sua agência de origem com outro cargo. Por exemplo, um funcionário que vai para PA não pode retornar para a agência de origem como PJ. Ele terá que assumir como gerente numa outra agência. Às vezes o funcionário vai para o PA e desconhece isso na ponta. É um questionamento levantado pelos funcionários ultimamente.

Gladir afirmou que dirigentes sindicais de várias regiões do Pais têm recebido dúvidas de funcionários que querem que o Banco os demita e lembrou que movimento sindical luta pela manutenção dos empregos e não é coerente pedir isso ao Banco. Diante dessa situação, a representante do Banco foi questionada se os motivos desses pedidos estarem ocorrendo foram detectados pelo Banco. Ainda sobre os motivos dos pedidos de demissão, o Sr. Gilberto (Seeb Ponta Grossa) observou que ainda têm acontecido nas agências casos de funcionários que assumem o cargo antes da promoção que muitas vezes demora para ocorrer.

Eduara concordou com a análise feita por Gilberto e destacou sobre o tema promoção sem a devida efetivação, que o Banco já equacionou essa questão desde que o tema foi levantado em reuniões anteriores e informou que essa situação não é para acontecer. Pediu aos sindicatos que reportem ao setor de relações sindicais do Banco quando essas situações pontuais acontecerem.

Sobre os pedidos de demissão, contextualizou que é um fenômeno multifatorial que tem ocorrido no setor bancário, não só no Bradesco. No passado os pedidos de demissão giravam dentro do próprio setor, com funcionários transitando entre Bradesco e outros bancos. Isso continua existindo, mas não justifica o número alto de pedidos que têm ocorrido. Hoje o Banco observa a ampliação da concorrência como Fintechs, consultorias financeiras PJ etc. O conhecimento e habilidade do bancário, que só circulava dentro do setor, vêm sendo requeridos para fora do setor. Outro motivo observado em entrevistas feitas pelo Banco é que muitas pessoas têm mudado seu estilo de vida após a pandemia.
Com relação a PA, Eduara se comprometeu a analisar e trazer futuramente para discussão.

COVID-19
Sobre o tema Covid 19, a representante enfatizou que o único Banco grande que não retornou ao trabalho com o grupo de risco foi o Bradesco. Na decisão de revogação da obrigatoriedade do uso das máscaras em nível federal, o Bradesco foi o único Banco que continuou a exigir dos funcionários o uso das máscaras como forma de proteção e continua a fornecer a máscara com tripla camada, recomendada pela ABNT. Relatou que o Banco está cumprindo as medidas de proteção solicitadas pelo movimento sindical nas últimas reuniões. O índice de vacinação dos funcionários, declarados voluntariamente, é de 85%. No caso das gestantes, o Bradesco não as obrigou a voltarem. Se a gestante quiser voltar voluntariamente, será encaminhada para análise do Viva Bem e terá que estar imunizada.

O Banco está fazendo o retorno dos centros administrativos, mas com o avanço da ômicron no início do ano, não foi possível cumprir o combinado com a COE de até janeiro retornar com 100% dos funcionários, com exceção do grupo de risco. Após o carnaval, como combinado em mesa nacional, o Banco retomou o retorno gradativo dos imunizados com pelo menos 2 doses, com exceção do grupo de risco ou gestante, que só volta voluntariamente e após análise.

O não vacinado não retorna nesse primeiro momento e o Banco está fazendo um trabalho de explicação e conscientização.
Gladir perguntou sobre o acordo assinado referente ao teletrabalho, que seria aplicado quando caísse o estado de emergência. Eduara respondeu que para a pessoa ser elegível ao teletrabalho, primeiro o Banco tem que entender se a sua atividade a torna elegível. Os diretores de cada área do Banco farão essa análise e, então, o funcionário receberá um convite, que pode aceitar ou não.

PAGAMENTO DE TÁXI
Sobre o pagamento de taxi para deslocamento para outra cidade ou para visita de clientes com reembolso efetuado na conta do funcionário, a representante informou que há as seguintes opções: a utilização do aplicativo coorporativo, que o Banco paga diretamente. Eventualmente se o funcionário precisar usar taxi ao invés do aplicativo, o reembolso acontecerá vinte e quatro horas após o trâmite no sistema interno, com aprovação do gestor. E tem a alternativa conquistada na mesa, que é o km rodado.

Gladir finalizou a reunião agradecendo a presença de todos e a disponibilidade dos representantes do Banco em receber as reivindicações do movimento sindical e levá-las à diretoria do Banco no sentido de atender os pleitos do movimento sindical. Agradeceu ainda à diretoria de Recursos Humanos do Banco, que tem ajudado sistematicamente na solução dos problemas que ocorrem diariamente a nível nacional, como elo de ligação entre o movimento sindical e a diretoria do Banco.

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